Chico Batera, integrante da banda do compositor Chico Buarque há 44 anos, em bate-papo para a série Depoimentos para a Posteridade, do MIS( Museu da Imagem e Som) em homenagem à bossa nova, nesta quarta-feira (05/09), no Centro.

O músico, nascido em Madureira, já rodou o mundo com Cat Stevens, gravou com Frank SinatraThe Doors e Joni Michel. Mas foi no Brasil que conheceu seus ídolos, no Beco das Garrafas, na década de 60, onde fez escola com Milton Banana, Edison Machado, além dos amigos Luizinho Eça, Johnny Alf, Sérgio MendesTom Jobim. “Antigamente tinha uma barreira entre os músicos que estudavam (e andavam de ternos) e a turma da bossa, que usava jeans. A bossa era bem Zona Sul e o ambiente, elitista. Se falasse em Madureira, de onde eu vim, não sabiam nem onde era. Mas acho que o gênero foi a melhor coisa que aconteceu no Brasil. Elevou a classe musical. Não sei o motivo de muitos terem vergonha de dizer que são da elite, porque isso é uma coisa boa se usada com sabedoria. Eu adoraria ter nascido rico.”