A comédia de sucesso do verãoComédia que arrebatou público e crítica no início de 2020,  atraindo mais de 2.000 pessoas,  reestreia no Leblon.
O espetáculo ‘Ielda Comédia Trágica’ reestreia em curta temporada no Teatro Petra Gold – Leblon, no dia 04 de março (4ª feira) e fica em cartaz até o dia 08 de abril. A nova comédia tem texto e direção assinados pelo premiado diretor e dramaturgo Renato Carrera – diretor de recentes sucessos como Malala, a menina que queria ir para a escola, o monólogo Gisberta (Luis Lobianco) e Abajur Lilás, que rendeu indicação ao Prêmio Shell de Melhor Direção.

A trama da peça se passa em 1989 e tem como pano de fundo os acontecimentos daquele ano. O humor irreverente, a falência da classe média carioca e a tentativa de recuperação da fé no futuro são retratadas de forma crítica e divertida em tom farsesco de tragicomédia.

O elenco conta com oito grandes atores se revezando em 19 personagens: Ângela CâmaraCarolina FermanFernanda SalMarcel GiubileiRicardo LopesJosé Karini,Renato Carrera e Jean Marcel Gatti.

A peça narra a trajetória da personagem Ielda e as consequências de sua suspeita de assassinato. De origem humilde, ela é a empregada na casa de férias de Mário, na região serrana do Rio, onde um grupo de amigos de longa data se reúne para assistir ao último capítulo da novela Vale Tudo. Um crime acontece e o clima de desconfiança generalizada se volta para ela. A partir daí, acompanhamos as reviravoltas no cotidiano de Ielda e na vida do beco onde ela mora, atrás da Praça da Apoteose, durante todo o ano de 1989.

As cenas se desenvolvem durante as típicas festas da cidade: Carnaval, Semana Santa, Sete de Setembro, Natal e Réveillon. Sambas-enredo como Liberdade Liberdade, Ratos e Urubus Rasguem minha Fantasia Festa Profana permeiam a trama além das músicas, cantadas ao vivo pelos atores, que são baseadas em hits da época como o Samba, Pagode, Funk e Pop.

Tudo acontece em cinco ambientes: o quintal de um barraco, uma pequena igreja construída na própria sala da casa de Ielda, um salão de beleza na beirada da linha do trem, a casa de férias na Região Serrana, onde ocorreu o assassinato e a cozinha da casa da mãe de Mário, na Zona Sul da cidade.

O texto foi criado com base nas vivências do diretor e autor na sua época de infância e adolescência como morador do bairro Catumbi e estudante do Ciep, no Sambódromo. Na construção da linguagem cênica, uma de suas principais influências é a obra do dramaturgo e diretor alemão Bertolt Brecht.

A partir do retrato do Brasil de 30 anos atrás, Renato Carrera busca uma reflexão sobre o povo brasileiro, religiosidade e o valor do dinheiro: “A queda do muro de Berlim, a eleição de Collor e de Bush nos E.U.A, a ascensão do ‘Solidariedad’ na Polônia entre outros fatos e tragédias como o naufrágio do Bateau Mouche, nos servem de pano de fundo para falarmos de sobrevivência e da nossa necessidade de fé. São situações vivenciadas pela maioria do povo, como a falência da classe média, que tenta se manter viva e fixada numa ilusória situação financeira, a pobreza do cidadão que precisa se virar de qualquer maneira para garantir a renda no final do mês, além das relações truncadas e embaralhadas de toda e qualquer família brasileira. De 1989 até os dias de hoje, teríamos evoluído ou caminhado para trás? O espetáculo faz uma comparação com os dias de hoje e qualquer semelhança com nossa realidade atual, não será mera coincidência. 

A equipe também inclui nomes premiados como o figurinista Tiago Ribeiro(Indicado ao Prêmio Shell), o iluminador Renato Machado (Prêmios Shell/APTR/Cesgranrio e outros),  o cenógrafo Daniel de Jesus(Indicado aos prêmio CBTIJ e Cenym) e com trilha sonora original executada ao vivo e assinada por Adriano Sampaio e Pedro Costa.

Sinopse:
Um grupo de amigos, que não se via há bastante tempo, resolve se encontrar para assistir ao último capítulo da novela “Vale Tudo” e assim, matar as saudades. Um deles é assassinado. Ielda, a empregada, é considerada a principal suspeita. Ielda mora com seu marido Marco Antonio e seu filho Cleyton num beco ao lado da Praça da Apoteose, no Sambódromo. Acompanhamos então o cotidiano de Ielda nestes dois universos distintos durante todo o ano. Seja enquanto trabalha na cozinha do grupo de amigos preparando a ceia de natal ou durante a transformação da sala de sua casa em uma pequena Igreja, fundada por ela mesma ou durante o desfile das escolas de samba. O dia a dia da família de Ielda também está abalado pelas dificuldades enfrentadas com a falta de dinheiro, os conflitos com o filho adolescente e com o tráfico local. Com bom humor e alegria, apesar do sofrimento, as duas classes sociais levam a vida entre desconfianças, suspeitas, fofocas, histórias pessoais e comentários ácidos. Comédia e tragédia se misturam tendo como pano de fundo os acontecimentos que transformaram o país e o mundo durante o fatídico ano de 1989.

Sobre Renato Carrera:
Vencedor de diversos prêmios de teatro, entre eles.

– PRÊMIO QUESTÃO DE CRÍTICA como MELHOR ESPETÁCULO por Vestido De Noiva, de Nelson Rodrigues (direção e idealização em conjunto Andreza Bitencourtt) e MELHOR ATOR por O Homossexual Ou A Dificuldade De Se Expressar com o Teatro de Extremos
– Indicado ao PRÊMIO SHELL DE MELHOR DIRETOR por Abajur Lilás de Plínio Marcos
– Indicado aos PRÊMIOS CESGRANRIO e APTR como MELHOR ATOR por O Homossexual ou A Dificuldade De Se Expressar
– dirigiu Savana Glacial de Jô Bilac, vencedor do PRÊMIO SHELL de MELHOR TEXTO.
– Dirigiu MALALA, A Menina que Queria Ir Para A Escola, indicado ao Guia Folha de SP MELHOR ESPETÁCULO INFANTIL do ano (o espetáculo fez temporada no Sesc Ginástico, Oi Casa Grande, Imperator, Teatro Prudencial e Teatro Procópio Ferreira – SP, Festival de Curitiba, Uberlandia, Vitória e Caixa Cultural Brasília. Vencedor de MELHOR PRODUÇÃO PRÊMIO CBTIJ RJ). Espetáculo indicado a Cenário, Identidade Visual, Preparação Corporal, Cenotécnico e Música Original, atraindo um público de mais de 30.000 pessoas em apenas 50 apresentações.
– Dirigiu “GISBERTA” com Luis Lobianco, que fez temporada no CCBB – RJ, BH, BRASÍLIA e nas cidades de LISBOA e PORTO em Portugal.
– Em 2018 escreveu o texto “Vim assim que soube”, onde também atuou, sob a direção de Marco André Nunes, INDICAÇÃO AO PRÊMIO SHELL de MELHOR TRILHA SONORA para Felipe Storino.

Entre seus principais trabalhos como diretor, podemos citar “DOIS AMORES E UM BICHO” de Gustavo Ott, com o grupo Casa de Zoé em NATAL – RN e no SESC POMPÉIA- SP. Como ator fez parte da Cia. Teatral do Movimento, dirigida por Ana Kfouri, atuando nos espetáculos “Preguiça”, “Esfíncter” e protagonizou “Senhora dos Afogados” de Nelson Rodrigues (Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Direção e Espetáculo). Lecionou no encontro internacional de teatro DRIFT, para atores da Inglaterra, Polônia, Dinamarca e Brasil e protagonizou e idealizou o espetáculo junto a Cris Larin, “O Ateliê Voador” de Valère Novarina, dirigido pelo francês Thomas Quilladert, projeto que integrou o Ano da França no Brasil 2009. Renato já participou de mais de 50 espetáculos nos seus 32 anos de carreira.

Ficha Técnica:
Texto e direção: Renato Carrera
Elenco: Ângela Câmara, Carolina Ferman, Fernanda Sal, Marcel Giubilei, Ricardo Lopes, José Karini, Renato Carrera e Jean Marcel Gatti
Cenário, Vídeo e Programação Visual: Daniel de Jesus
Figurino: Tiago Ribeiro
Assistência de Direção: Camila Rosa Lins
Iluminação: Renato Machado
Trilha Sonora Original: Adriano Sampaio e Pedro Costa
Canções: Jean Marcel Gatti, Renato Carrera, Adriano Sampaio, Pedro Costa
Caracterização: Mona Magalhães
Direção de Movimento: Luciana Carnout
Preparação Vocal: Daniely de Souza
Produção: Gabriel Garcia e Marcel Giubilei
Assessoria de Imprensa: Cristiana Lobo
Fotos: Sabrina Paz, Nando Machado, Tiago Scorza e Caique Cunha
Midías Sociais: Lucas Gouvêa

Teatro Petra Gold
Endereço: Rua Conde de Bernadotte, 26 – Leblon
Temporada: de 04 de março a 08 de abril
Dias: Quartas-Feiras
Horário: 20h
Ingressos: R$ 70,00 (R$ 35,00 meia)
Telefone: (21) 2529-7700
Lotação: 408 lugares
Duração: 140 minutos
Classificação: 16 anos