O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, através do patrocínio Ouro Petrobras apresenta: Ópera de Câmara Série Vozes Femininas, com duas apresentações on-line e gratuitas à população! A primeira, “Armida Abbandonata”, de Händel, e a segunda, “Arianna a Naxos” de Haydn, ambas em formato audiovisual, serão mostradas em versão encenada com grandes artistas líricas brasileiras como Ludmilla Bauerfeldt e Luisa Francesconi. Com regência da maestrina Priscila Bomfim e concepção e direção artística do maestro Ira Levin, no programa, as duas obras serão apresentadas com a participação da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e com direção de Julianna Santos. A diretora explica que se trata de uma proposta inovadora, com duas cantatas especialmente encenadas para o público do Theatro Municipal. “Senti em todos os profissionais envolvidos um profundo empenho, dedicação e felicidade em poder realizar algo nesse momento e levar arte ao público, ainda que não presencial, é uma forma de sentir proximidade.”, conclui a diretora Julianna Santos.

PARTE 1

“Armida Abbandonata”
Música: George Freideric Händel
Solista: Ludmilla Bauerfeldt – Soprano

“Armida Abbandonata” de Händel foi apresentada ao público pela primeira vez em 1711 e é inspirada no épico “Gerusalemme Liberata” do poeta renascentista Torquato Tasso. O mito de derivação tassiana inspirou compositores e se tornou tema presente em diversas óperas. Entre árias e recitativos Händel demonstra em sua obra o leque de reações da personagem e exibe a profundidade de sentimentos típicos das suas cantatas dedicadas as figuras femininas.

PARTE 2

“Arianna a Naxos”
Música: Joseph Haydn
Solista: Luisa Francesconi – Mezzo Soprano

A famosa lenda antiga da princesa Ariadne, que foi abandonada por seu amado Teseu, é um dos temas favoritos na história da ópera. Em sua obra “Arianna a Naxos”, provavelmente escrita no final de 1789, Haydn teve sucesso na elaboração de um drama psicológico cativante de uma das mulheres mais profundamente feridas da mitologia grega. Em dois recitativos e duas árias, a princesa deve suportar tudo, da traição à ira, da tristeza ao amor desesperado de uma maneira musicalmente enfática.

Equipe:

IRA LEVIN – Concepção e Direção Artística

Aclamado mundialmente pela sua versatilidade musical, Ira Levin é o atual diretor artístico e maestro titular do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Já regeu centenas de concertos e 90 montagens de óperas, além de ter um vasto repertório sinfônico. Trabalhou com renomados instrumentistas, cantores e diretores de todo o mundo, e regeu em importantes casas de ópera e salas de concerto na Europa e nas Américas. Ira Levin gravou discos com a Sinfônica de Londres, a Orquestra Nacional da Escócia, a Orquestra Estadual de Brandemburgo e a Orquestra Sinfônica de Norrland (Suécia). Foi maestro principal das Casas de Ópera de Bremen e Dusseldorf (1988-96, 1996-2002), o principal maestro convidado do Teatro Colón de Buenos Aires, entre 2011 e 2015, e diretor artístico e musical do Theatro Municipal de São Paulo, entre 2002 e 2005. Ele dirigiu as montagens operísticas do Theatro São Pedro: O Caso Makropulos (2019) e Kátia Kabanová, de Leos Janácek (2018), e o programa duplo Pulcinella/Arlecchino (2017). Publicou mais de 40 obras, incluindo transcrições para piano, além de sete grandes orquestrações.

PRISCILA BOMFIM – Regência

É pianista e maestrina assistente da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Além de seu reconhecido trabalho como pianista, Priscila Bomfim desenvolve paralelamente carreira como regente, tendo sido a primeira mulher a reger óperas da temporada do Theatro Municipal – Serse, de Handel (2016), La Tragédie de Carmen, de Bizet/Constant (2017), Un Ballo in Maschera , de Verdi (2018), Os Contos de Hoffmann, de Offenbach (2019). Apresentou-se em concertos à frente das Orquestras Sinfônica Nacional do Chile (Chile), Sinfônica Jovem de São Petersburgo (Rússia), Filarmônica de Minas Gerais (MG), Sinfônica de Santo André (SP), Sinfônica Cesgranrio (RJ) e Järvi Academy Sinfonietta (Estônia), durante cursos com os maestros Leonid Grin, Alexander Poliannychko, Fbaio Mechetti, Abel Rocha, Isaac Karabtchevsky, Neeme Järvi e Paavo Järvi. Em 2018, além de concertos com a Sinfônica da Bahia, a Orquestra Acadêmica Bomfim (portugal) e a ópera de câmara Piedade, de João Guilherme Ripper, na Sala Cecília Meireles, foi uma das seis maestrinas escolhidas internacionalmente para participar da 4ª Residência do Linda and Mitch Hart Institute para Mulheres Regentes, do The Dallas Opera (Texas/EUA). Em 2021, Priscila tem na agenda concertos com a Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e a Academia de Ópera do Theatro São Pedro em São Paulo, além de concertos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Priscila nasceu e iniciou os estudos de música em Portugal. Na UFRJ, graduou-se em Piano e Regência Orquestral.

JULIANNA SANTOS – Direção Cênica

Julianna Santos é graduada em Direção Teatral pela UFRJ. Em 2003, ainda na universidade, iniciou seu trabalho com assistente de direção da ópera, “Le Nozze di Figaro” de Mozart. Desde então, começou a trabalhar como assistente de direção nos principais teatros de Ópera do país, participando da montagem de aproximadamente 80 diferentes produções. Participou de cinco edições do Festival do Amazonas de Ópera, onde em 2019 dirigiu a ópera Alma de Claudio Santoro, que recebeu prêmio da Revista Concerto 2019 por votação popular. Em 2018, dirigiu Acis e Galatea de Haendel, em 2013, a Ópera “O Morcego” de Johaan Strauss, em 2017 dirigiu La Tragedie de Carmen, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Durante quatro anos, fez parte da equipe fixa de Direção Cênica do Theatro Municpal de São Paulo, assumindo a função de Diretora Residente, acompanhando o processo de montagem e prestando assistência de direção a todos os renomados diretores cênicos convidados. Nesse período, foi responsável pela direção de remontagem das óperas La Bohème e Cavalleria Rusticana, trabalhando com grandes nomes da música lírica nacional e internacional. Ainda em 2018, dirigiu na Escola de Música da UFRJ a ópera A Flauta Mágica, de Mozart. Trabalhou também como assistente no Palácio das Artes de Belo Horizonte e Theatro São Pedro em São Paulo. No Festival de Inverno de Petrópolis, remontou as óperas Cosi Fan Tutte e As Damas Trocadas. Em 2010, dirigiu o concerto cênico “Máscaras”, no Theatro Municipal de Niterói e também a ópera “La Traviata” em versão reduzida para piano no CCJF (Centro Cultural Justiça Federal). Por cinco semanas, acompanhou o processo de remontagem da ópera “Rapto no Serralho” de Mozart na “Opera Company of Philadelphia”. Foi assistente dos diretores: André Heller-Lopes, Andrea de Rosa, Arnaud Bernard, Caetano Vilela, Carla Camuratti, Cesare Lievi, Davide Livermore, Filippo Tonon, Giancarlo Del Monaco, Henning Brockhaus, Pier Francesco Maestrini, Livia Sabag, Marco Gandini, Mauro Wrona, Stefano Poda, William Pereira, e trabalhou com os maestros: Alain Guingal, Eduardo Strausser, Ira Levin, Luiz Fernando Malheiro, Jacques Delacote, Jader Bignamini, John Neschling, Marcelo de Jesus, Michelangelo Mazza, Miguel Campos Neto, Oleg Caetani, Ramon Tebar, Roberto Minczuk, Silvio Viegas, Victor Hugo Toro e Yoram David.

LUDMILLA BAUERFELDT – SOPRANO

Detentora de vários prêmios nacionais e internacionais de canto, Ludmilla Bauerfeldt, formou-se na prestigiosa Academia do Teatro Alla Scala (Milão – Itália) onde protagonizou as produções Don Pasquale (Donizetti) e La Scala di Seta (Rossini). Vem desenvolvendo carreira como solista em concertos e festivais na Itália (Teatro Filarmonico), Suíça (OperaViva), Rússia (Svetlanov Hall, Musical Olympus) e Alemanha (Bad Kissingen, Dresdner Musikfestspiele, Stars and Rising Stars). Presença frequente nas principais casas de ópera no país, seus últimos trabalhos incluem a estreia brasileira de “Orphée”, de Phillip Glass no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a premiére mundial dos “Translieder” de Flô Menezes e a 8a. Sinfonia de G.Mahler, ambos junto à Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, além da aclamada montagem de “L’italliana in Algeri”, de Rossini, no Theatro São Pedro, em São Paulo.

LUISA FRANCESCONI – Mezzo – Soprano

Luisa Francesconi tem excepcional capacidade para a execução de coloratura, se destacando no repertório rossiniano e mozartiano, ao interpretar papéis em óperas como Il Barbiere di Siviglia, L’Italiana in Algeri, Così fan Tutte e Don Giovanni. A mezzo-soprano fez a sua estreia internacional no Teatro Argentina, em Roma, no papel de Cherubino (Le Nozze di Figaro, Mozart). Representa também com grande sucesso outros papéis en travesti, como Romeo (I Capuleti ed I Montecchi, de V. Bellini), Orfeo (Orfeo ed Euridice, Gluck) e Idamante (Idomeneo, Mozart). Luisa interpretou Didone (Les Troyens, Berlioz). E participou com enorme sucesso da primeira turnê da Cia. Brasileira de Ópera, no papel de Rosina (O Barbeiro de Sevilha, Rossini), em 2010. Luisa canta com frequência nos principais teatros brasileiros e italianos, e tem se apresentado regularmente também em Portugal. Interpretou o Stabat Mater (Pergolesi) na famosa igreja Ara Coeli em Roma, e a Missa em Dó Menor (Mozart) no Auditorium Verdi, em Milão. A propósito, o seu repertório de concerto é vasto, com atuações marcantes em Rapsódia para Contralto e Missa em Si Menor (Bach), Réquiem e Missa da Coroação (Mozart), Nisi Dominus (Vivaldi), Messias (Haendel), Nona Sinfonia, Missa em Dó Maior e Fantasia Coral (Beethoven), Stabat Mater e Petite Messe Solemnelle (Rossini), Sonhos de uma Noite de Verão (Mendelssohn), Te Deum (Bruckner), Les Nuits d’Été (Berlioz), Sinfonias n.2, n.3 e n.8 (Mahler), El Amor Brujo (Falla) e Floresta do Amazonas (Villa-Lobos). Luisa gravou suas participações como solista na Nona Sinfonia (Beethoven) e no Réquiem Hebraico (Erich Zeisl), lançadas em CD pelo selo Biscoito Fino.

MARCELO MARQUES – Figurino

O figurinista e ator Marcelo Marques começou a sua carreira em 1978. Desde então, tem em seu currículo mais de 170 espetáculos de teatro, ao lado de diretores como Bibi Ferreira, Roberto Vignatti, Sergio Britto, Jacqueline Laurence, Luis Arthur Nunes, Wolf Maia, Gilles Gwizdek, Cininha de Paula e Flávio Marinho. Marcelo já criou figurinos para L’Elisir d’Amore (Donizetti), Macbeth (Verdi), Idomeneo (Mozart), La Fille du Régiment (Donizetti), Ariadne auf Naxos (Strauss), Samson et Dalila (Saint-Saëns), Diálogo das Carmelitas (Poulenc), Tristão e Isolda (Wagner), Nabucco (Verdi) e A Valquíria (Wagner). Marcelo criou os figurinos para o show “Opus Brazil” (comemorativo dos 30 anos de relações diplomáticas Brasil-China), realizado no National Sing And Dance Ensemble – a Ópera de Pequim. O fgurinista já passou pelas principais salas e festivais brasileiros como Festival Amazonas de Ópera, Palácio das Artes, Theatro Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo, trabalhando com diretores renomados como Sergio Britto e André Heller Lopes.Marques foi premiado pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro (Sated), nas categorias de melhor cenário e melhor figurino; e recebeu o Prêmio Shell de melhor figurino em 2003, pelo espetáculo O Último Dia, com direção de Sergio Britto. Nos últimos anos, Marcelo Marques tem se dedicado também a palestras e workshops sobre o processo de criação de cenários e figurinos.

MANOEL PUOCI – Cenografia

Estudou pintura acadêmica com Zélia Moraes e especializou-se na técnica do trompe l’oeil nos ateliers de Brigitte Aulaignon e Jean Pierre Besenval. Graduou-se em Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – UFRJ em 1981. Na Universidade Paris VIII, cursou, como extensão universitária, “Arts et Technologies de L’Image”, entre 1990 e 1991.Trabalhou como pintor no Atelier “Meubles Peints”, de Jean Pierre Besenval, em Paris, de 1990 a 1996. Entre 1998 e 2005, realizou trabalhos de pintura decorativa em trompe l’oeil no Atelier “La Grande Illusion”, no Rio de Janeiro. Graduou-se em Cenografia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO em 2010.

Foi responsável pela criação do cenário de dezenas de peças de teatro e espetáculos musicais e em 2017 apresentou na Quadrienal de Cenografia de Praga projeto e maquete da peça “Anjo Negro” de Nelson Rodrigues. Para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde trabalha desde 2010 como Coordenador de Palco, realizou a supervisão de cenografia e adereços dos Ballets “Carmen” (2010), “Romeu e Julieta” (2013) e “Scheherazade” (2016), das Óperas “Salomé”(2014) , “Tosca”(2017) e Oneguin (2019), bem como a cenografia do espetáculo musical infantil “O Pequeno Príncipe” e da Ópera infantil “João e Maria”.

PAULO ORNELLAS – Iluminação

Em 2012, ingressa no Theatro Municipal do Rio de Janeiro como operador de luz participando de todas as produções desde então. No TMRJ prestou assistências de luz a Jorginho de Carvalho, Fábio Retti e Beto Bruel e assinou a luz do Ballet Giselle na temporada 2019 do BTM. Assinou também a iluminação de exposições no Museu da República, Cidade das Artes e Casa França Brasil, da ópera “Domitila” de João Guilherme Ripper e de shows e concertos no Teatro Riachuelo, Imperator, Teatro Municipal de Niteroi, Espaço Cultural Sergio Porto, Vivo Rio, entre outros. É iluminador residente da Orquestra Johann Sebastian Rio e da Companhia de Ballet da Escola de Dança Maria Olenewa (Cia BEMO). Em 2020 iluminou a comissão de frente da Grande Rio a convite dos coreógrafos Helio e Elisabeth Bejani.

SERVIÇO:

Temporada 2021 Ópera de Câmara Série Vozes Femininas
Armida Abbandonata e Arianna a Naxos
Datas:
02 de julho – Armida Abbandonata
03 de julho – Arianna a Naxos
Horário:18h, nas redes sociais do TMRJ
Concepção e Direção Artística: Ira Levin
Regência: Priscila Bomfim
Direção: Julianna Santos
Figurino: Marcelo Marques
Ambientação Cênica: Manoel Puoci
Iluminação: Paulo Ornellas
Cordas da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Fotos: Lipe Portinho
Canal do YouTube – 18h
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Facebook – 18h
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Instagram
https://www.instagram.com/theatromunicipalrj/?hl=pt-br
Classificação: Livre
Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio SulAmérica Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM
Patrocínio Ouro Petrobras
Lei de Incentivo à Cultura
Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal.
Realização: Secretaria Especial da Cultura e Governo Federal.